| 08/11/2005 01h23min
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou nesta segunda que submeterá a julgamento militar por crimes de guerra cinco supostos terroristas estrangeiros reclusos na base naval americana em Guantánamo, em Cuba.
O Pentágono assinalou que dos combatentes inimigos dois são sauditas, um argelino, um etíope e outro canadense. Os cinco serão julgados por crimes que vão desde o ataque até o assassinato em uma data que ainda está para ser definida. O canadense, identificado como Omar Khadr, foi acusado de matar um soldado americano no Afeganistão.
Em Guantánamo há por volta de 500 detidos, a maioria presos no Afeganistão, os quais estão nessa base naval sem que tenham sido apresentadas acusações contra eles.
O anúncio dos julgamentos militares foi feito horas depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos decidir escutar o caso de Salim Ahmed Hamdan, motorista de Osama Bin Laden, que permanece recluso em Guantánamo como combatente inimigo.
Barbara Olshansky, advogada do Centro de Direitos Constitucionais, que representou Khadr e outros reclusos de Guantánamo, assinalou que é assombroso que tenham sido anunciados os julgamentos no mesmo dia em que o Supremo decidiu estudar se o governo pode criar tribunais militares. Com o anúncio de hoje já são nove os combatentes acusados formalmente de crimes de guerra. Os outros são dois iemenitas e um sudanês, para cujo julgamento ainda não há data fixada, e o australiano David Hick, que já está sendo submetido a julgamento.
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