Os 370 mil casos de dengue já identificados no Brasil deixaram apreensiva a população gaúcha, mas apenas 17 episódios da doença foram computados no Rio Grande do Sul. Apesar dos temores, os órgãos de saúde pública asseguram que não existem motivos para pânico. Nenhum dos gaúchos contaminados contraiu a doença no Estado.

A coordenadora adjunta do Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Carmen Gomes, explica que a situação do Rio Grande do Sul é diferente da de outras regiões, como o Rio.

– Enquanto os casos forem todos importados, não há razão para alarde – afirma Carmen.

Até agora, localizaram-se focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor do dengue, em Porto Alegre e nos municípios de Santo Ângelo e Porto Xavier. Além disso, focos do Aedes albopictus, provável transmissor, foram achados em oito municípios. Como os pacientes são poucos e foram cercados de cuidado, as chances de um mosquito picar um contaminado e propagar a doença são remotas.

Para que um caso seja oficialmente confirmado, é necessária a comprovação laboratorial, o que, por enquanto, ainda não é feito no Estado. Hoje, 116 registros estão nessa situação – 78 na Capital. Mesmo assim, cada caso suspeito é tratado como se o diagnóstico estivesse confirmado. Quem apresentar os sintomas deve imediatamente procurar um médico ou um posto de saúde. É importante informar ao médico se esteve recentemente fora do Estado.