| 14/11/2005 19h26min
As conseqüências dos focos de febre aftosa descobertos no Mato Grosso do Sul começam a ser sentidas em Santa Catarina. O preço da carne bovina – principalmente de cortes nobres como picanha e alcatra – subiu em média 15% no comércio local.
Para os supermercadistas e açougues, o aumento forçado pelos fornecedores é ainda maior, chegando a 40%.
Num período do ano em que normalmente a carne bovina registra diminuição de preço, em função do emagrecimento do gado no inverno, o que se vê nos supermercados e açougues é exatamente o contrário.
Com a divisa Norte de Santa Catarina fechada para a carne bovina e com uma criação regional ainda insuficiente para abastecer o Estado, o preço dos cortes nobres está disparando.
Até a semana passada, a quilo da picanha custava cerca de R$ 15,80. Já é encontrado até por R$ 18. O mesmo acontece com os cortes de maminha, alcatra e contrafilé, todos com aumentos em torno de 15%.
Segundo o presidente do Grupo Giassi, Zefiro Giassi, as compras estão limitadas ao mercado do Rio Grande do Sul, já que a divisa Norte está fechada para a mercadoria.
Zefiro acredita que os preços devem voltar a se acomodar apenas depois de liberada a entrada de carnes do Norte. Ele explica que o problema da aftosa influenciou também o custo da costela, que aumentou entre 40% a 50% para os supermercados.
– Além do preço de alguns cortes ter subido, falta mercadoria. O quilo da costela custava R$ 3,50 para os supermercados, agora não se encontra por menos de R$ 5 e chega até R$ 6 – explicou.
No supermercado Xande, que comprava carne de Mato Grosso do Sul, além do aumento, vários cortes também estão em falta. De acordo com o comprador de carne do supermercado Comper, Vilmar Klement, o aumento é absurdo e cerca de 10 cortes não têm mais abastecimento garantido.
– O coxão mole que comprávamos a R$ 5,70 o quilo, está custando R$ 7,30. O coxão de fora passou de R$ 5,30 para R$ 6,50 e o patinho, de R$ 5,50 para R$ 7 – disse.
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