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 | 15/11/2005 17h44min

Premiê iraquiano admite torturas em prisão federal

Comissão especial foi formada para investigar as denúncias de maus tratos

O primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, admitiu hoje que 173 detidos foram agredidos e maltratados numa prisão ligada ao Ministério do Interior. O governo abriu investigação para apurar as supostas torturas admitidas 24 horas depois de o Ministério do Interior comunicar o interrogatório de vários oficiais implicados nos maus-tratos aos prisioneiros, acusados de perpetrar atentados no país.

A prisão fica no distrito de Al Yadrie, no sul da capital iraquiana, onde, no domingo passado, soldados norte-americanos ocuparam um edifício do Ministério do Interior sem explicar o motivo de sua presença. Al-Jaafari não comentou se havia relação entre o ataque das tropas americanas e os supostos casos de tortura.

Nas próximas duas semanas a comissão investigadora deve divulgar seu relatório. Os detidos serão transferidos para um lugar onde receberão tratamento médico.

Os partidos e as organizações árabes sunitas do Iraque acusaram, em repetidas ocasiões, os funcionários do Ministério do Interior e as milícias xiitas de torturar, inclusive até a morte, centenas de detidos de sua comunidade.

O Governo iraquiano é integrado por uma maioria de ministros xiitas, grupo que também domina a maioria das instituições do Estado relacionadas à segurança, como Polícia, Exército, e serviços de inteligência.

AGÊNCIA EFE

 
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