As exportações brasileiras de lácteos em outubro chegaram a 9,4 mil toneladas, gerando US$ 15 milhões de receita, um crescimento de 35,6% nas receitas e 8,5% no volume exportado. Nos dez primeiros meses do ano, as vendas para o exterior acumularam US$ 103 milhões, frente US$ 95,4 milhões em todo o ano passado. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite (CNPL), integrante da CNA, atribui o mérito dos resultados aos produtores, que tiveram que superar as diferenças na taxa cambial.

– É o setor produtivo que está bancando estes bons resultados, devido à queda dos preços pagos aos pecuaristas de leite. Os valores caíram em pleno período de entressafra – destaca.

Em meados de novembro do ano passado, o dólar era cotado a cerca de R$ 2,80 e o produtor estava recebendo mais de R$ 0,54 pelo litro de leite. Nos últimos dias, entretanto, a moeda nacional chegou a menos de R$ 2,20 e o produtor está recebendo cerca de R$ 0,46 por litro.

– O produtor respondeu à demanda da indústria, melhorando a qualidade e ampliando a oferta de leite – afirma Alvim.

Outubro foi o mês em que o Brasil mais exportou lácteos na história. O segundo melhor resultado foi registrado em dezembro de 2004, quando as remessas somaram US$ 14 milhões.

Com o resultado de exportações, o superávit na balança comercial de lácteos acumulado do ano passou inverteu. Entre janeiro e outubro, as exportações do segmento somaram US$ 103,3 milhões, frente às importações de US$ 102,4 milhões. Os novos resultados tornaram o saldo positivo em quase US$ 1 milhão.