| 17/11/2005 23h17min
Um jovem tenista austríaco vem sendo a sensação nas quadras da Orla de Atalaia, em Aracaju. Daniel Koellerer, de 22 anos, é o centro de todos os olhares quando entra em quadra, tanto pelo seu eficiente jogo, como pelo seu jeito irreverente. Nesta quinta, ele venceu o argentino Máximo González por 7/6 (7) e 3/0, chegando às semifinais do torneio.
Os gritos e gestos espalhafatosos, muitas vezes ofensivos, do vice-campeão da etapa de Bogotá (COL) já foram motivos de diversas suspensões durante sua carreira. Mesmo assim, o cabeludo continua freqüentando a sala da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) para receber orientações e também para reclamar de tudo e de todos.
O austríaco, que levou o título de duplas da etapa chilena, assume que seu temperamento incomoda, mas nem por isso se arrepende.
– Tenho cinco almas dentro de mim e tenho que extravasar isso de alguma maneira. Se eu não agisse assim, não estaria aqui. Mas tenho sorte, porque a maioria dos meus adversários não parte pra cima de mim – contou, rindo em uma coletiva de imprensa na Colômbia. A exceção foi o italiano Federico Luzzi, que o agrediu na saída de um jogo e acabou levando uma suspensão de três meses.
Tudo isso leva Koellerer a ser um dos mais polêmicos jogadores do circuito. Seus jogos em Aracaju estão sempre lotados e, entre os espectadores mais velhos, o que surge à mente ao ver o crazy Dani, como foi apelidado, são as imagens de John McEnroe, ex-número 1 do mundo e ganhador de 17 Grand Slams, entre simples e duplas, e de outro austríaco, Thomas Muster.
Algumas histórias já estão virando lenda no circuito, como, por exemplo, a que alega que Koellerer não pode entrar na Itália, que foram anulados alguns torneios pelo simples fato de ele ter se inscrito, e de que ele teria pedido um convite para uma competição que não estava inscrito alegando ser um showman e não poder ficar fora.
Essa tensão criada pelo austríaco já teve uma repercussão prática: alguns jogadores estão fazendo um abaixo-assinado para tirá-lo do circuito profissional. O resultado disso ainda é incerto, mas o fato é que o tênis mundial perderia um pouco da sua loucura com a saída de Daniel.
Nesta sexta, ainda sem horário definido, Koellerer – que eliminou o paulista Thiago Alves na segunda rodada – enfrenta o sérvio Boris Pashanski, cabeça-de-chave 3, por uma vaga na final do torneio. Pashanski passou pelo argentino Martin Vassallo Arguello por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 0/6 e 6/3.
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