| 21/11/2005 18h20min
O deputado Roberto Brant (PFL-MG), que depõe nesta tarde no Conselho de Ética da Câmara em processo que corre contra por quebra de decoro parlamentar, admitiu ter recebido R$ 102,8 mil da SMP&B, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Contudo, Brant afirmou que o dinheiro era uma contribuição da empresa Usiminas e que apenas foi depositado nas contas de Valério.
- A Usiminas me procurou durante a campanha oferecendo recursos. Eu aceitei, mas utilizei o dinheiro para pagar um programa que foi veiculado antes da campanha, em maio. Portanto, não se tratou de uma doação para a campanha – afirmou Brant.
O parlamentar foi apontado pelas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) dos Correios e do Mensalão como um dos beneficiários de recursos da agência SMP&B, de Marcos Valério de Souza, durante a campanha para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2004. O deputado, que já foi ministro da Previdência Social, informou ainda nesta tarde que
a empresa Planeta Política, de
Curitiba, foi a responsável pelo programa pré-eleitoral. Segundo ele, a orientação para fazer o programa foi do PFL.
Independentemente do resultado do processo no Conselho de Ética, Brant disse que está decidido a deixar a vida pública após o termino do próximo mandato como deputado.
– Diferente de muitos, vim aqui preservar meu passado político. Espero que esse Conselho me faça justiça, arquivando a representação. Mas eu jamais esquecerei esse episódio. Vou sepultar minha vida pública e absolvição será uma modesta reparação – afirmou.
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