O vice-presidente Operacional da Varig Miguel Dau deixou hoje o cargo e também a companhia, depois de 19 anos de carreira. Segundo Dau, a saída foi provocada por divergências com a Fundação Ruben Berta (FRB), controladora da Varig, que decidiu extinguir o cargo de vice-presidente e ofereceu a ele uma função na diretoria operacional. Dau não comentou se a extinção do cargo está ligada a corte de custos.

– Tinha uma responsabilidade muito grande na função. Fui informado pela controladora (FRB) de que o cargo de vice-presidente seria extinto, não aceitei a mudança e decidi deixar não só o cargo, mas também a empresa, sabendo que fiz um bom trabalho – comentou.

Segundo Dau, com a ida de Marcelo Bottini para a presidência da Varig, seu cargo anterior, de vice-presidente Comercial, também foi extinto. Dau também comentou que em um comunicado interno, a FRB informava aos funcionários que sua saída teria sido por iniciativa própria.

– Não tomei essa decisão. A partir agora o presidente da empresa deverá agir como um super homem, já que todas as diretorias ficarão subordinadas a ele.

O presidente do fundo de pensão Aerus, Odilon Junqueira, enviou nesta terça-feira uma solicitação aos novos gestores da Varig para que o plano de recuperação da empresa, que precisa ser aprovado no dia 19 de dezembro, seja previamente discutido com os credores.

– O Aerus quer saber detalhes do plano porque nada foi apresentado de forma clara. Precisamos saber que garantias serão dadas aos seis mil participantes da Varig nos planos de benefícios do fundo nesta recuperação – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO