| 26/02/2002 22h44min
O anúncio da canonização de Madre Paulina alegrou os religiosos brasileiros. O processo de 37 anos, que avaliou minuciosamente as obras e os milagres atribuídos à religiosa, tornou possível a colocação da santa nos altares brasileiros para veneração.
Dom Jayme Chemello, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), classificou a canonização como um acontecimento extraordinário no momento em que o país está repleto de exemplos de violência.
– Em um momento em que fala-se muito de drogas e violência, Madre Paulina é um exemplo de carinho e dedicação ao próximo – avalia Dom Jayme, que pretende estar em Roma, local da canonização, no dia 19 de maio.
As Irmãzinhas da Imaculada Conceição, congregação fundada por Madre Paulina, acreditam numa procura maior pela vida religiosa após a canonização
– Creio que tudo isso vai nos dar uma nova vida – disse a irmã Ilze Mees.
Atualmente, a congregação tem ramificações em 10 países do mundo, além do Brasil. Ao todo são 600 religiosas. O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, lembra que, com a canonização, Madre Paulina torna-se uma pessoa viva ao lado de Deus, podendo ser evocada e venerada.
– Com uma santa canonizada, a igreja no Brasil vai melhorar sua auto-estima – avalia.
Para a irmã Thereza Benedetto, professora de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, o processo de canonização de Madre Paulina foi rápido.
– Apesar dos 37 anos de espera, foi um processo curto. O caminho da canonização costuma se arrastar pelo dobro deste tempo – afirma.
O fato de o Brasil ter esperado mais de 500 anos para acolher sua primeira santa é atribuído às exigências impostas pelo Vaticano para aprovar a canonização.
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