| 26/11/2005 09h56min
Disposto a concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, fez esta semana a mais forte investida para tentar viabilizar a candidatura no PMDB. Em uma reunião no apartamento do deputado e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), em Brasília, Jobim admitiu que gostaria de se candidatar à Presidência, mas que não deveria se submeter à prévia de 5 de março.
Na presença de Temer, do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e de outros peemedebistas de oposição, Jobim disse que só aceitaria ser candidato por consenso. O ministro também argumentou que não disputaria a candidatura numa prévia com o conterrâneo Germano Rigotto.
– Jobim não deixaria um cargo importante como o de presidente do Supremo para entrar numa prévia sem ter a certeza de que venceria – disse um interlocutor do ministro.
Se as chances de se tornar candidato de consenso já eram difíceis, ficaram remotas depois que Jobim decidiu votar na quarta-feira, durante sessão do Supremo, pela suspensão do processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP). A atitude provocou indignação entre os peemedebistas de oposição.
Um deputado federal gaúcho, que não quis se identificar, não descartou a possibilidade de Jobim vir a ser candidato a vice de Lula, mas não pelo PMDB. Como está sem partido por força da legislação, que impede um magistrado de ter vínculo partidário, Jobim poderá optar por outro partido até o início de abril. Lula já emitiu sinais de que gostaria de ter Jobim como vice, pelo PMDB, na campanha à reeleição.
Rigotto foi informado do encontro por Temer. O único candidato oficialmente inscrito até o momento na prévia é o ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Jobim ficou de dar uma posição sobre o seu futuro político até meados de dezembro.
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