| 01/12/2005 15h58min
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios aprovou uma série de requerimentos de convocação e quebra de sigilo em reunião administrativa realizada hoje. Os parlamentares aproveitaram também para votar o arquivamento de mais de 160 requerimentos, entre eles os que pediam a quebra de sigilos de partidos políticos.
Foi aprovado o requerimento de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-procurador da Fazenda Nacional Glênio Guedes e de seu pai, Ramon Guedes. Em depoimento à CPI dos Correios, Guedes negou ter atuado em favor do empresário Marcos Valério no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
Também foi aprovado o pedido de quebra de sigilo da empresa Interbrazil Seguros, apontada como uma das empresas que contribuíram para a campanha eleitoral do PT e de outros partidos em Goiânia visando a futuros negócios com órgãos públicos. Foi aprovado ainda o pedido de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de Rogério Lanza Tolentino e sua empresa. Tolentino é sócio de Marcos Valério.
Os integrantes da comissão também aprovaram novamente 25 requerimentos de quebra de sigilo relativos à investigação sobre os fundos de pensão. Segundo o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), como algumas corretoras estão apresentando liminares no Supremo Tribunal Federal (STF), os requerimentos foram apresentados com uma fundamentação menos genérica.
A CPI também aprovou uma série de convocações, entre elas de dirigentes e ex-funcionários do Banco do Brasil. Também aprovou a convocação de Marco Aurélio Prata, contador de empresas de Marcos Valério e de Roberto Marques, assessor do ex-deputado José Dirceu.
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