Uma discreta realização de lucros fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar a manhã desta segunda-feira em baixa de 0,58%, aos 32.642 pontos. Mesmo com a realização de mais um leilão de swap reverso do Banco Central, o dólar encerrou o período em baixa de 0,45%, a R$ 2,197 na compra e R$ 2,199 na venda. O destaque da manhã foi o risco-país, que vai renovando o recorde de baixa e marca 323 pontos centesimais.

A Bovespa abriu em alta, mas não se sustentou e sucumbiu à realização de lucros. Na semana passada a bolsa voltou a bater recorde histórico de pontos, sustentada principalmente pela participação ativa de investidores estrangeiros. O balanço dos investimentos da bolsa em novembro mostrou que os estrangeiros trouxeram R$ 328,4 milhões ao mercado no mês passado.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores quedas são de Tim Participações ON (-4,34%) e Klabin PN (-3,04%). As altas mais significativas são de Tele Leste Celular PN (+100,28%), Tele Centro Oeste PN (+12,24%) e CRT Celular PNA (+11,40%). Essas três ações pertencem ao grupo Vivo, cujo processo de reestruturação levou à incorporação das ações das "teles" do grupo pela Telesp Celular.

Um dos destaques da manhã foi o Boletim Focus, do Banco Central, que apontou queda nas estimativas de crescimento da economia, como reflexo da notícia da baixa do PIB. O mercado passou a prever um crescimento inferior a 3%, como se esperava até então. Agora, a estimativa média é de um crescimento de 2,66% do PIB deste ano. Já o prognóstico de inflação aumentou. A previsão para o IPCA deste ano subiu de 5,59% para 5,63%. A meta ajustada do Banco Central é de 5,1%.

Outro destaque da manhã foi a divulgação do saldo da balança comercial na primeira semana de dezembro. Foram apenas dois dias úteis, e a balança teve superávit de US$ 671 milhões. No acumulado do ano, há superávit de US$ 41,1 bilhões.

AGÊNCIA O GLOBO