Os empresários paulistas estão menos confiantes em relação aos negócios. Pesquisa divulgada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), mostra que apenas 49% estão otimistas com o resultado de suas empresas. Há um ano, em dezembro de 2004, esse percentual era de 72%. O percentual dos que se disseram muito otimistas passou de 8% em 2004 para 6% agora. O total de pessimistas aumentou de 2% para 12%. Outros 31% se dizem indiferentes, contra 13% em dezembro do ano passado.

Os principais riscos que os empresários acreditam que vão encontrar em 2006 são a manutenção da taxa de câmbio (29%), falta de demanda no mercado interno (29%), concorrência com produtos importados da China (28%) e pressão de fornecedores por aumento de preços (25%).

A crise política foi citada por apenas 21% dos entrevistados e as eleições presidenciais de 2006 por 6%. Outros 14% disseram que entre os riscos está a inadimplência dos clientes e 8% falam no esgotamento do ciclo de expansão do crédito, que sustentou o consumo este ano.

Apesar de reclamar da taxa de câmbio, os empresários dizem que há oportunidade em 2006 gerada pelo crescimento do consumo mundial. Para 36%, o mercado externo se apresenta como oportunidade no ano que vem. Outros 34% acreditam na desvalorização do real e 26% na redução da taxa básica de juro da economia, a Selic.

Os questionários da pesquisa, feita em novembro, foram respondidos por 712 empresários do estado de São Paulo - 71% deles são microempresários, 24% de empresas médias e 5% de grandes empresas.

AGÊNCIA O GLOBO