| 07/12/2005 14h33min
Mesmo com a perspectiva de crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o economista Fábio Giambiagi, coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acredita que, desde novembro, a economia brasileira tem demonstrado sinais de recuperação.
Na avaliação do economista, o primeiro fator que indica melhora na economia é a redução no nível de estoques, que foi muito forte no terceiro trimestre do ano.
– O comércio continuou vendendo, mas mercadorias que já tinha. Não demandou tanto da indústria.Uma vez que o comércio não pode vender aquilo que não tem, concluído esse ajustamento de estoque, a tendência é que passe a demandar mais para fazer a reposição normal e as vendas continuem a se realizar em bom ritmo – avaliou.
A segunda razão, aponta Giambiagi, seria a dispersão dos efeitos da crise política dos últimos meses, que teriam influenciado negativamente o desempenho da economia. Ele lembra, ainda, que o início do processo de redução da taxa básica de juros (Selic) pode trazer impacto positivo na recuperação do nível de atividade. Desde maio deste ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central tem reduzido a taxa. Em reunião realizada em 23 de novembro, a Selic baixou de 19% para 18,5% ao ano.
Giambiagi foi um dos responsáveis pelo estudo da entidade divulgado ontem, que apontou queda na estimativa do PIB 2005 e 2006. De acordo com o documento, o crescimento da soma das riquezas do país deve ficar em 2,3% e não em 3,5%, conforme previsto anteriormente. Para o ano que vem, a expectativa caiu de 4% para 3,4%
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