O tenista Gustavo Kuerten disse nesta quinta, dia 8, que vai voltar a disputar os qualifyings (jogos classificatórios para a chave principal dos torneios) caso não receba os convites (wild cards) para os Masters Series e os Grand Slams na temporada de 2006. Desde 1997, quando conquistou o seu primeiro título em Roland Garros, Guga não sabe o que é disputar um qualifying.

Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o catarinense voltou a afirmar que a sua preocupação principal não são pontos ou colocações no ranking, mas, sim, voltar a se sentir bem em quadra:

– Não estou preocupado com pontos, nem ranking, gostaria de terminar o ano entre os 50 ou perto disso e estou me preparando bem. Tenho o ranking protegido até março e depois, vou tentar ganhar wild cards para os eventos, mas se não conseguir e precisar jogar o qualifying de alguns torneios, não vai ter problema nenhum. É mais uma etapa que tenho que passar, já joguei vários qualifyings antes e na verdade só vão ser alguns jogos a mais que terei que fazer. Faz parte – disse o tenista em entrevista coletiva em um hotel em Copacabana, no Rio, onde disputará um evento de exibição, o Desafio Tênis.

Atual 294º do ranking mundial, que leva em consideração os melhores resultados das últimas 52 semanas, Guga volta a atuar após um bom tempo sem competir. A última vez que entrou em quadra foi na Copa Davis, contra o Uruguai, no dia 25 de setembro.

– Este evento é uma boa oportunidade para voltar a jogar, já que há muito tempo não compito e que 2006 será o ano da retomada – afirmou.

Guga tem o direito de usar o recurso do ranking protegido (utilizado quando o tenista tem que ficar mais de seis meses afastado das quadras, geralmente, por motivo de lesão). O catarinense atualmente usa o ranking de número 30 (criado sobre uma média de rankings anteriores à parada do tenista), mas este recurso expira em março. Depois, se quiser disputar eventos maiores terá que ganhar convites dos organizadores ou disputar o qualifying.

Guga já disse que não irá para Melbourne, onde acontece o primeiro Grand Slam do ano, o Aberto da Austrália, em janeiro. De acordo com o catarinense, a viagem é muito desgastante e seus resultados nesta competição nunca foram bons.

O catarinense inicia a temporada 2006 no saibro da América do Sul, em Viña del Mar, no Chile, a partir de 30 de Janeiro.