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Em um vídeo divulgado ontem, dia 7, um missionário americano mantido como refém por guerrilheiros muçulmanos nas Filipinas disse que seus seqüestradores decidiram escolher como alvos não só os americanos, mas os ocidentais em geral. O casal Martin e Gracia Burnham parece estar com a saúde relativamente boa, sem a expressão abatida da última imagem deles, divulgada em novembro do ano passado. Não foi possível determinar quando o vídeo obtido ontem foi gravado.
As fontes que o entregaram a uma agência de notícias disseram que foi gravado em meados de janeiro. Os Burnham foram seqüestrados em maio passado, em um ponto turístico filipino, e levados para Basilan, ilha que é o reduto do grupo muçulmano Abu Sayyaf. No vídeo, o grupo terrorista admite ligação com a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Além do casal americano, a enfermeira filipina Deborah Yap também é refém da guerrilha.
Nas imagens, três homens armados aparecem atrás do casal, enquanto Martin lê um comunicado, supostamente escrito pelos seqüestradores. Desta vez, Gracia não usava a cabeça coberta, como é costume entre as muçulmanas. Segundo Martin, os seqüestradores têm como alvos “cidadãos dos EUA, europeus e de outras nações ocidentais” por várias razões, inclusive o apoio americano a Israel e as sanções ao Iraque e à Líbia. Ainda segundo a fonte que entregou o vídeo, um dos homens que aparece atrás do casal americano é afegão.
Por suspeitar da ligação entre a Al-Qaeda e o Abu Sayyaf, militares dos EUA prestam asssessoria aos filipinos em Basilan, uma ilha montanhosa, coberta de florestas e habitada majoritariamente por muçulmanos. O objetivo é treinar os militares locais para combater a guerrilha. Participam das operações 3,8 mil filipinos e 660 americanos. Os EUA fornecem o material bélico e a tecnologia avançada – como aviões de observação e conexões com um satélite – para localizar os guerrilheiros.
Uma tática bem diferente foi adotada pelas autoridades de Maluso, na Ilha de Basilan, que prenderam oito parentes dos líderes do Abu Sayyaf, em uma tentativa de pressionar a guerrilha a libertar os reféns.
– Nossa intenção é torturar psicologicamente o Abu Sayyaf. Neste momento, estão pensando em seus parentes presos. Isto é uma maneira de detê-los – explicou o prefeito da cidade, Sakib Salajin
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