| 13/12/2005 15h31min
O diretor-executivo da Uefa, Lars Christer-Olsson, lamentou hoje que a sentença do Tribunal de Justiça da União Européia sobre o caso Bosman, que completa 10 anos nesta quinta, tenha suprimido medidas e leis específicas do futebol.
A lei Bosman estipulava que os jogadores comunitários possuíam a mesma liberdade de circulação que os demais trabalhadores do bloco europeu, e por isso estavam aptos a jogar em qualquer país-membro sem ocupar vaga como estrangeiro. Desta forma, desapareceram as restrições para a livre contratação dentro da zona comunitária.
Embora Christer-Olsson tenha admitido hoje, em entrevista coletiva em Bruxelas, que a lei Bosman era correta do ponto de vista comunitário, destacou que "suprimiu as salvaguardas que os responsáveis pelo futebol haviam introduzido".
– O mundo do esporte não estava preparado para isso – completou.
Por isso, a Uefa quer combater, ao lado da UE, os "efeitos perversos" do caso Bosman, tais como "a desigual distribuição da riqueza entre os vários clubes do continente, a intensa contratação de jovens promessas da África e da América Latina e a má formação de atletas nas categorias de base", ressaltou Christer-Olsson.
O diretor-executivo da Uefa insistiu no fato de que o futebol não pode se resumir a apenas alguns clubes que têm muito dinheiro. E deu boas-vindas à decisão que a Fifa, a própria Uefa e representantes do Reino Unido, da Espanha, da França, de Portugal e da Itália tomaram no último dia 8 em Leipzig, na Alemanha, sobre a ampliação da colaboração conjunta para enfrentar problemas comuns do esporte.
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