| 14/12/2005 13h51min
O clima positivo deu o tom dos negócios no mercado financeiro brasileiro na manhã desta quarta. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em alta de 0,44%, com 33.567 pontos, e promete um novo recorde para o final do dia. O risco-país marcava 306 pontos centesimais no final da manhã e também vai marcando um recorde, atingindo mais uma mínima histórica.
A exceção foi o dólar, que se valorizou em 0,44%, cotado a R$ 2,274 na compra e R$ 2,276 na venda. A alta da moeda norte-americana está longe de preocupar, já que vem sendo puxada pelo próprio Banco Central (BC). O BC voltou a vender contratos de swap reverso e à tarde deverá comprar dólares no mercado à vista.
O principal evento do dia é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que no início da noite vai divulgar o percentual da taxa Selic para vigorar até meados de janeiro. A aposta majoritária é de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, que cairia para 18% ao ano. Mas uma parcela menor do mercado aposta em queda de 0,75 ponto, como forma de compensar a queda da atividade econômica no terceiro trimestre.
A queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente não teve reflexo no mercado. Além de já ser esperada, a notícia tem menor peso que o pagamento antecipado de US$ 15,5 bilhões do Brasil ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
– O pagamento antecipado da dívida mostra que o país está em boa situação e não precisa mais desses recursos. Isso deve aumentar os ingressos de recursos externos para a Bovespa – disse um profissional de uma corretora paulista.
O balanço dos investimentos estrangeiros na bolsa mostra que eles trouxeram R$ 508,5 milhões ao mercado brasileiro somente nos nove primeiros dias do mês. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas do dia são de Sadia PN (+3,61%) e Cesp PN (+3,29%). As quedas mais significativas do índice são de Celesc PNB (-1,36%) e Contax PN (-1,08%).
O mercado futuro de juros ajusta as projeções da taxa Selic para baixo, embora a aposta ainda seja de queda conservadora dos juros. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril tem taxa de 17,34% ao ano, contra 17,40% do fechamento de terça-feira. O DI de janeiro de 2007 tem taxa de 16,47% anuais, frente aos 16,41% anteriores.
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