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 | 15/12/2005 15h44min

Cresce 12% o movimento de fusões e aquisições em 2005

Movimento dá sinalização importante de recuperação do mercado no Brasil

Aumentou em 12% o movimento de fusões e aquisições em 2005. Segundo pesquisa da KPMG Corporate Finance foram registradas 336 transações este ano (299 operações em 2004). Cláudio Ramos, sócio da KPMG no Brasil, disse que apesar de o crescimento no volume de transações ter sido inferior ao verificado em 2004 (que registrou alta de 30% em relação ao ano anterior), o movimento dá uma sinalização importante de recuperação continuada deste mercado a partir de 2003, quando somente 230 transações foram registradas.

– Este movimento tem sido favorecido pelo contexto de estabilidade econômica, possibilitando um retorno aos patamares alcançados nos anos de 2000 e 2001, quando o mercado era bem dinâmico nesse sentido – afirmou Ramos.

Para 2006, as expectativas são boas apesar de se tratar de um ano eleitoral. Segundo ele, ainda que alterações no cenário político-econômico do país possam influenciar a política cambial, não existe o medo de uma ruptura do modelo econômico, como existia em 2002. Com isso, alguns setores podem se fortalecer. O interesse de empresas estrangeiras por companhias brasileiras ou subsidiárias também cresceu. Em 2005 ocorreram 197 transações de capital estrangeiro, enquanto em 2004 houve 191 movimentações desse tipo.

De acordo com a KPMG, somente no quarto trimestre, com fechamento em 13 de dezembro, ocorreu um total de 84 transações, tanto domésticas quanto de capital estrangeiro. O Estado de São Paulo apresentou o maior número de transações no país, totalizando 59 operações, seguido do Rio de Janeiro com 25, Rio Grande do Sul com 10 e Bahia com seis. Enquanto isso, as transações domésticas totalizaram 34 operações no quarto trimestre, sendo 139 em 2005 (em 2004, esse total foi de 108).

O destaque neste ano foi para o setor de tecnologia da informação, com 47 transações, seguido por indústria de alimentos, bebidas e tabaco (33), indústria química e petroquímica (25), siderurgia e metalurgia (23) e por telecomunicações (20).

– No setor de siderurgia e metalurgia, o Brasil apresenta um crescimento gradativo desde 2002 em virtude, principalmente, da alta demanda chinesa pelo aço nacional e da consolidação do movimento de internacionalização das companhias brasileiras. Nesse sentido, podemos citar a compra de uma siderúrgica nos EUA pela CSN e a joint venture da Usiminas com um grupo italiano – disse André Castello Branco, outro sócio da KPMG no Brasil.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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