| 15/12/2005 20h01min
O diretor executivo da Organização Não-Governamental (ONG) Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, reagiu com desânimo à absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), à qual qualificou como escárnio (que é objeto de desdém ou ironia). Segundo ele, a votação mostra que a Câmara perdeu a racionalidade ao inocentar um deputado flagrado sacando R$ 350 mil do valerioduto.
De acordo com Abramo, a absolvição de Queiroz mostra que para a Câmara os crimes eleitorais são desculpáveis e sinaliza que mais absolvições estão por vir.
– A sinalização que a Câmara deu é a pior possível. O indivíduo foi apanhado recebendo R$ 350 mil de Valério e é absolvido sob a alegação de que teve motivação eleitorais. Esse dinheiro saiu de onde? Meu Deus! A mensagem mais perigosa é que se algo tem motivação eleitoral, é desculpável. A criminalidade associada à política será absolvida – disse ele.
Abramo salienta que a absolvição de Queiroz, somada à cassação de José
Dirceu e à absolvição de Sandro
Mabel (PL-GO), mostra que as decisões do plenário da Câmara não têm coerência.
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