| 16/12/2005 10h28min
Se depender do relator do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), o salário mínimo deverá ficar entre R$ 340 e R$ 350, a partir de 1º de maio do ano que vem. Reconhecendo que a decisão sobre o novo valor do mínimo é política, Merss informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reunir-se na próxima semana com diversos ministros e centrais sindicais para avançar nas discussões sobre o reajuste.
Carlito Merss disse que, se dependesse da vontade dele e do governo, o reajuste seria muito maior, mas "trabalhamos com o limite possível". Segundo ele, dados da Confederação Nacional dos Municípios apontam que, se o salário chegar a R$ 350, cerca de 1,4 mil prefeituras não terão condições de pagar esse valor, além de descumprir a Lei de Reponsabilidade Fiscal.
Para o relator, o valor só poderá chegar aos R$ 400 propostos pelas centrais sindicais se essas centrais conseguirem convencer governadores, prefeitos e servidores públicos federais a terem um reajuste menor. Ele voltou a afirmar que dispõe de praticamente R$ 10 bilhões a mais para o reajuste do mínimo, o aumento dos servidores públicos e a compensação aos Estados pelas perdas com a Lei Kandir (que concede isenção fiscal a produtos primários exportados), entre outras coisas.
O presidente da Força Sindical, Paulo Ferreira da Silva (Paulinho), esteve no Congresso, onde conversou com líderes partidários, principalmente da oposição, para defender a elevação do mínimo para R$ 400. Segundo ele, para que as centrais sindicais e o governo cheguem a um acordo, o governo tem que concordar com os R$ 400.
– Com certeza não haverá acordo das centrais com o governo, e a batalha vai ser decidida pelo Congresso – disse.
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