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 | 16/12/2005 18h37min

FMI elogia a gestão econômica do governo Lula em 2005

Nota assinala que, apesar do contexto político difícil, houve evolução na economia

O Fundo Monetário Internacional elogiou hoje a "impressionante" evolução da economia brasileira, apesar de um contexto político "difícil", em uma alusão aos escândalos de corrupção que atingiram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O Fundo calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,3% neste ano, para chegar a 3,5% em 2006.

Por meio de um comunicado, o FMI assinala que, “apesar de um contexto político difícil desde maio de 2005, o comportamento macroeconômico do Brasil se manteve robusto, apoiado em fortes políticas macroeconômicas e condições externas favoráveis”. A diretoria executiva do Fundo “elogiou as autoridades brasileiras pelo impressionante comportamento da economia a partir do término do acordo de contingência (stand-by)", destaca o comunicado.

A nota acrescenta que "os diretores atribuíram esse comportamento ao compromisso das autoridades de sustentar e fortalecer o marco da política macroeconômica e as reformas aplicadas nos últimos anos",  salientando que o incremento da atividade econômica "foi sustentado pelo consumo privado, o qual refletiu ganhos firmes, investimentos reais e empregos, junto com uma balança comercial favorável".

Segundo o FMI, no Brasil "o forte desempenho fiscal de anos recentes teve continuidade e o superávit fiscal primário consolidado esteve dentro da meta para 2005". O Fundo relata ainda que "o ajuste prudente da política monetária iniciado em setembro de 2005 e a valorização da taxa cambial ajudaram a baixar a inflação de 8% em maio para 6,4% em outubro”.

De acordo com cálculos do Fundo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no país terá este ano um aumento de 5,1% e uma previsão de 4,5% para 2006. O Brasil terminará o ano com um déficit equivalente a 3,3% do PIB e de 2,7% no próximo ano. O comunicado lembra que o comércio exterior brasileiro deve apresentar um superávit em conta corrente equivalente a 13% do PIB em 2005 e que, em 2006, o saldo favorável será equivalente a 9,8% do PIB.

AGÊNCIA EFE
 
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