O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, afirmou hoje, em São Paulo, que a redução efetiva da pobreza e da desigualdade de renda no Brasil vai exigir um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) muito maior do que aquele que o país vem registrado nos últimos anos. Conforme Wolfowitz, um dos maiores obstáculos para o crescimento sustentado e a geração de novos empregos é a existência de "um clima ainda desafiador" para novos negócios e investimentos no país.

– Nosso objetivo é ajudar o país a manter o crescimento, porque sem ele não é possível reduzir a pobreza e a desigualdade – afirmou Wolfowitz, que também lamentou o fato de que um quarto da população latino-americana ainda viva na pobreza.

Antes de participar do último evento previsto em sua visita ao Brasil, Wolfowitz passou por Brasília, onde se encontrou com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e visitou projetos em cidades como Fortaleza, Belém e Santarém, que contam com recursos do Bird.

O presidente do Banco Mundial também fez elogios a Lula e a sua gestão. Segundo ele, o governo tem feito progresso na promoção do "crescimento inclusivo". Durante sua entrevista, Wolfowitz citou mais de uma vez o programa Bolsa Família e disse que o Brasil poderia exportar essa experiência para outros países.

– O Bird poderia ajudar a levar isso a outros países – sugeriu, dando como exemplo a Indonésia.