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 | 20/12/2005 18h56min

PPS pede anulação de sessão que absolveu Romeu Queiroz

Requerimento foi entregue aos presidentes da Câmara e do Senado

O vice-líder do PPS, deputado Raul Jungmann (PE), entrou no fim da tarde de hoje o requerimento do partido que pede a anulação da sessão do plenário que resultou na absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG). O documento foi entregue aos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros.

O pedido tem como base a denúncia do deputado Mauro Passos (PT-SC) de que teria ocorrido de boca-de-urna na votação. Segundo Passos, o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS) teria distribuído cédulas com voto já marcado contra a cassação de Romeu Queiroz. A Corregedoria Parlamentar da Câmara já investiga o caso a partir de representação de Passos contra Biolchi, por quebra de decoro parlamentar.

Biolchi negou que tenha feito qualquer procedimento de boca-de-urna e disse que vai acionar os advogados para processar Mauro Passos por acusá-lo injustamente.

Jungmann levantou uma suspeita sobre um grande "acordão" com o objetivo de absolver Queiroz e outros deputados envolvidos no escândalo do mensalão. Além da denúncia de boca-de-urna, o vice-líder do PPS lembra a liberação recente de emendas parlamentares pelo governo e o fato de que o número de parlamentares presentes na Casa era superior ao de deputados que votaram no processo de cassação, como um indício de acordo para esvaziar a sessão.

Segundo o vice-líder do PPS, Aldo Rebelo afirmou que quer a garantia de que as votações de processos contra parlamentares ocorram dentro da normalidade. Jungmann declarou que, caso a sessão não seja anulada, o PPS poderá entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

– A absolvição de Romeu Queiroz foi um tapa na cara da sociedade brasileira – justificou.

Queiroz foi acusado de desrespeitar a legislação eleitoral ao receber recursos de caixa dois do PT para o PTB sem registrá-los. Apesar de o Conselho de Ética ter pedido sua cassação, Romeu Queiroz foi absolvido pelo plenário da Câmara por 250 votos contra 162.

AGÊNCIA CÂMARA
 
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