| 23/12/2005 11h32min
Um forte crescimento é a expectativa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para o desempenho econômico do Brasil no ano que vem. Em entrevista coletiva concedida após a apresentação do balanço anual da pasta, na sede do ministério, em Brasília, Palocci justificou seu otimismo.
– Nada há no cenário à nossa frente que seja indicador de não crescimento – afirmou.
O ministro cita a baixa inflação, as condições de risco "cada vez melhores", a situação de contas externas, as vendas e a renda real crescente como indicadores da melhora:
– Nós teremos um resultado em torno do cenário de 2003 para 2004, com alguns indicadores estruturais melhores: relação dívida externa e exportação, risco país. Nós temos um cenário muito consistente e próximo do cenário de 2004 – declarou, referindo-se ao crescimento de 4,9% no Produto Interno Bruto (PIB) atingido em 2004. Previsões do Banco Central estimavam avanço de 3,4% para 2005, no início do ano, mas a meta foi revista após o resultado de 1,2% na produção de riqueza, fazendo o governo revisar a meta para 2,5% neste ano.
Palocci adiantou também que em 2006 haverá melhora nos mecanismos de contratação cambial para reduzir custos e não fixação na taxa de câmbio.
Em relação às críticas à política econômica, Palocci disse que jamais desqualificará ou rejeitará tais críticas, que fazem parte do cenário de construção de um país.
– A crítica faz parte da avaliação de qualquer política. O mais importante é não perder a tranqüilidade e a perseverança – afirmou Palocci, acrescentando, no entanto, não concordar com as críticas no plano fiscal. – Com todo o respeito, eu diria que erram os críticos.
Segundo ele, se os críticos olharem a evolução da dívida brasileira nos últimos 15 anos, veriam que o Brasil piorou seu quadro de estabilidade e crescimento por causa disso. Nos últimos três anos, no entanto, a dívida caiu e, conseqüentemente, melhorou o quadro de estabilidade e crescimento.
Palocci citou ainda a queda dos juros, afirmando que o recuo deve seguir nesse ritmo enquanto as condições de inflação permitirem, lembrando as afirmações contidas na ata do copom divulgada na quinta-feira.
– Existem forças políticas que querem uma queda mais rápida. Não podemos permitir que nossas vontades atropelem os procedimentos normais – disse.
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