| 30/12/2005 00h02min
Depois de o Conselho de Ética da Câmara tirar férias e de as CPIs entrarem em recesso branco, nesta quinta foi a vez de a Comissão Mista de Orçamento decidir descansar em plena convocação extraordinária do Congresso. Apesar de bastante atrasada em seu cronograma, a comissão se concedeu 19 dias de folga e só volta a trabalhar no dia 17 de janeiro. É a primeira vez em seis anos que dezembro termina sem que o Orçamento do ano seguinte tenha sido votado.
Com a suspensão das atividades do Conselho, das CPIs e agora da comissão de Orçamento, enfraqueceram-se todas as razões apresentadas há duas semanas para justificar a convocação extraordinária, a um custo de quase R$ 100 milhões aos cofres públicos. Os 594 congressistas, por exemplo, têm direito a dois salários extras (cerca de R$ 25,7 mil). Até agora, 41 disseram que ou vão recusar o salário extra ou vão doá-lo.
Os integrantes da Comissão de Orçamento usaram o argumento de que a maioria dos 10 relatórios setoriais, que formam a peça orçamentária, não ficou pronta.
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