| 04/01/2006 23h11min
A final da Copa de 98 ficará sempre marcada pelo episódio protagonizado por Ronaldo. O atacante teve problemas poucas horas antes da partida e, segundo a versão oficial, teria tido convulsões e foi levado a uma clínica para fazer exames. Zagallo decidiu escalar Edmundo em seu lugar. Mas, já nos vestários, com o substituto já uniformizado, o Fenômeno apareceu dizendo que queria jogar.
– Se fosse qualquer outro jogador, talvez não jogasse e pronto, mas ele era o melhor do mundo na época. Era uma decisão difícil – afirma Leonardo, ao GloboEsporte.com.
O Brasil acabou fazendo uma partida muito diferente das demais do Mundial. A equipe entrou completamente apática em campo e os franceses venceram com facilidade, cravando 3 a 0 e levantando a taça pela primeira vez em sua história.
– A situação do Ronaldo foi difícil de viver. Não tivemos uma preparação normal para um jogo, mas seria injusto dizer que esse foi o único problema, porque a França ganhou e estamos falando de um time que tinha Zidane, Desailly, Barthes, Petit, enfim, jogadores que atuavam nos melhores times da Europa. Eles também tinham o sonho de ser campeões do mundo – lembra Leonardo, hoje dirigente do Milan, da Itália.
Muitas versões surgiram a respeito do que aconteceu nas horas prévias ao jogo e muito se especulou sobre a escalação de Ronaldo, mesmo sem condições de jogo. Foi cogitado, inclusive, que pode ter havido influência de patrocinadores para que o Fenômeno entrasse em campo. Sua ausência da partida seria um prejuízo enorme para os cofres de algumas empresas.
– Não acredito em influência externa. Acho que não aconteceu. Tentam buscar uma verdade escondida, mas tudo o que aconteceu as pessoas souberam – diz o lateral, que foi substituído no intervalo.
A derrota na França é assunto do programa do dia 5 de janeiro da série Jogos Para Sempre, que está sendo exibida pelo Sportv.
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