Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios viajam aos Estados Unidos até a última semana de janeiro para tentar obter documentos sigilosos relativos à conta Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, e às contas que a abasteceram. A informação foi divulgada hoje pelo presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

A intenção da comissão é ir ao Departamento de Justiça, em Washington, à procuradoria, em Nova Iorque e também a órgãos alternativos dos Estados Unidos. Delcídio pretende  conseguir pelo menos os documentos necessários para fazer um cruzamento de informações com os dados da CPI.

Em 2005 o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça recebeu informações sobre a movimentação bancária da conta Dusseldorf. Contudo, o governo brasileiro pediu ao Departamento de Justiça norte-americana a quebra do sigilo bancário da Dusseldorf e de 17 contas que a abasteciam. Os documentos foram encaminhados à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.

A secretária Nacional de Justiça, Cláudia Chagas, informou na época que os documentos são sigilosos e que o governo dos EUA recomendou que não haja vazamento das informações, uma vez que pode prejudicar as investigações em curso. Em depoimento à CPI dos Correios, o publicitário Duda Mendonça disse que recebeu dinheiro "não contabilizado" da campanha presidencial do PT em 2002 na conta da empresa Dusseldorf, nas Bahamas.