| 11/01/2006 10h56min
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,40% na primeira prévia de janeiro. Em dezembro, a primeira apuração do índice fora de 0,06% e, no mês inteiro, deflação de 0,01%. A aceleração foi puxada pelos preços no atacado, pressionados por produtos agrícolas.
Na primeira parcial de janeiro, o Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, teve alta de 0,43%. Em período equivalente de dezembro, o IPA havia caído 0,07%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador cheio, foi de 0,41% na primeira prévia de janeiro, contra inflação de 0,34% na parcial de dezembro.
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do IGP-M, teve elevação de 0,13% (depois de aumentar 0,21% na medição inicial de dezembro). Não houve reajustes salariais, mas os materiais e serviços de construção subiram 0,24%.
Os produtos agrícolas concentraram a maior parte da pressão sobre o indicador, ao subirem 1,6%. Os produtos industriais, por sua vez, avançaram somente 0,07%.
Todos os três estágios de produção nos quais os componentes do IPA tiveram aceleração no ritmo de alta. As matérias-primas brutas tiveram o maior salto, saindo de deflação de 0,17% na primeira prévia de dezembro para variação positiva de 0,94% agora. O avanço se explica pelos aumentos produtos agropecuários, como soja, mandioca e milho. Itens como bovinos, tomate e laranja verificaram queda de preços e ajudaram a conter a elevação do indicador das matérias-primas.
Os bens intermediários passaram de deflação de 0,34% na primeira prévia de dezembro para baixa de 0,08% em janeiro, com a menor baixa do grupo de combustíveis e lubrificantes para produção (queda de 2,10% para recuo de 0,42%).
Os bens finais, por sua vez, registraram variação positiva de 0,82% (ante alta de 0,39% no mês anterior). A aceleração se deveu aos alimentos frescos – cuja taxa foi de queda de 0,20% para avanço de 5,22% entre as duas medições.
Nos preços ao consumidor, os grupos educação, leitura e recreação e saúde e cuidados pessoais exerceram a maior pressão sobre o indicador. O primeiro foi puxado pela parte de recreação, que avançou 1,96%. O segundo foi pressionado pela alta de 0,40% nos artigos de higiene.
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