| 15/01/2006 14h22min
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) condenou hoje a decisão de Israel de proibir seus candidatos de fazer campanha eleitoral em Jerusalém para as eleições parlamentares de 25 de janeiro. O gabinete israelense liderado pelo primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, resolveu hoje autorizar a votação em Jerusalém Oriental, mas proibiu os candidatos do grupo islâmico Hamas de fazer campanha na cidade, assim como de participar da votação.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento em Gaza, declarou a meios de comunicação que rejeita de forma taxativa a decisão israelense e que a medida reflete a política de Israel de obstaculizar e debilitar a posição do grupo no processo eleitoral. O governo israelense também proibiu a distribuição de cédulas do Hamas no dia da votação e impedirá a colocação de cartazes e propaganda eleitoral em Jerusalém Oriental.
A polícia israelense deteve hoje seis membros do Hamas em Jerusalém que tentavam fazer propaganda eleitoral para seus candidatos. Abu Zuhri declarou que seu movimento tem meios para enfrentar o desafio da campanha eleitoral e que se centrará em divulgar seu programa em publicações, televisões locais e estações de rádio que podem ser captadas em Jerusalém.
– A decisão israelense demonstra que o Hamas tinha razão quando dissemos que tínhamos que esperar e não tomar a questão de Jerusalém como uma desculpa para adiar as eleições legislativas – acrescentou o porta-voz islâmico.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) recebeu bem a decisão israelense de permitir que os palestinos votem em Jerusalém Oriental. O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, elogiou a decisão israelense, segundo uma fórmula empregada em janeiro de 1996 quando foram realizadas as primeiras eleições nacionais na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém oriental, onde residem 230 mil palestinos.
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