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A Argentina entra no feriadão de Páscoa na expectativa de novas medidas econômicas que devem ser anunciadas segunda-feira para conter as cotações do dólar. Nesta quarta-feira, dia 27, a moeda fechou em queda pelo segundo dia consecutivo. Nas casas de câmbio, foi vendida a 3,05 pesos, com desvalorização de 3,2% em relação ao dia anterior (3,15 pesos). Nos 39 bancos e casas de câmbio que venderam dólares por ordem do Banco Central (BC), a cotação final foi de 2,85 pesos, 5% inferior à de terça-feira.
As filas diante dos bancos e casas de câmbio de Buenos Aires diminuíram, devido à queda de 19% no valor do dólar na terça. Por cinco dias não haverá negócios com moedas estrangeiras, exceto com cambistas de rua. Ao recesso de Páscoa, soma-se o feriado nacional em lembrança aos mortos na Guerra das Malvinas, na segunda-feira. O secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández, informou que desde o último sábado a equipe econômica trabalha em novo pacote de medidas para conter a alta do dólar que deverá ser divulgado na segunda-feira, quando chega ao país nova missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI).
– A preocupação não é com o dólar em si mesmo, mas com sua condição de referência para os preços – disse Fernández, referindo-se aos temores de uma hiperinflação.
Especula-se que entre as novas medidas esteja uma sobretaxação das exportações e liquidação das divisas obtidas com as vendas externas, além de redução de 21% para 15% do Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) sobre alguns produtos. O governo deve modificar também a Lei de Quebras (falências), para reduzir perdas do sistema financeiro, e a Lei de Subversão Econômica, com base na qual vêm sendo processados pela Justiça banqueiros nacionais e estrangeiros.
O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, anunciou que o governo federal completou a redução da estrutura burocrática do país em 25%, o que significará "poupança anual superior a 118 milhões de pesos" (US$ 40 milhões). A medida é uma das várias exigências do FMI para liberar nova ajuda ao país. O Fundo entende que na Argentina estão sobrando cerca de 450 mil funcionários públicos, revelou o presidente Eduardo Duhalde a parlamentares nos últimos dias, ao discutir apoio político para aprovação dessas medidas.
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