| 17/01/2006 10h47min
O presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, reuniu-se hoje com chefes de segurança e governadores das províncias produtoras de petróleo, para analisar o aumento dos ataques aos oleodutos e instalações de bombeio.
Fontes oficiais disseram que na reunião se estudou a possibilidade de ações militares maciças para pôr fim aos incidentes que envolveram militantes de comunidades locais na região do delta do rio Níger, a de maior riqueza petrolífera.
A Nigéria é o primeiro produtor de petróleo da África e o sétimo mundial. A produção foi reduzida nos últimos dias devido a ataques de grupos de desconhecidos a instalações petrolíferas e ao seqüestro de quatro trabalhadores estrangeiros.
A reunião de Obasanjo com os responsáveis pela segurança durou cerca de 40 minutos, e dela participaram os governadores das províncias de Rivers, Delta, Ondo e Bayelsa. A maior parte dos ataques foi perpetrada na província de Bayelsa, dominada pela etnia ijaw.
A multinacional Shell, a maior produtora de petróleo na Nigéria, sofreu quatro ataques em menos de um mês, o que obrigou a empresa a evacuar centenas de funcionários e interromper o fornecimento de 226 mil barris de petróleo diários.
Essa quantidade representa cerca de 10% de todo o petróleo que a Nigéria extrai -- ao redor de 2,5 milhões de barris diários.
Na quarta-feira passada, quatro empregados estrangeiros da Shell foram seqüestrados por grupos desconhecidos.
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