| 18/01/2006 13h52min
A manhã de quarta foi de números essencialmente negativos no mercado financeiro brasileiro, devido à má influência do cenário internacional. Turbulência na bolsa de Tóquio e alta do petróleo foram dois fatores de estresse externo. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a manhã em queda de 1,35%. O dólar subiu 0,65%, cotado a R$ 2,325 na compra e R$ 2,327 na venda.
Com o cenário externo volátil, a expectativa pela definição dos juros básicos da economia brasileira acabou ficando em segundo plano. O Comitê de Política Monetária (Copom) definirá hoje o novo percentual da taxa Selic, atualmente de 18% ao ano. A maioria das apostas é de um corte de 0,75 ponto percentual na taxa, embora o mercado futuro mostre que ainda há apostas em um corte de 0,50 ponto.
O escândalo de uma empresa de internet gerou fortes ordens de venda na bolsa de Tóquio, o que levou ao fechamento antecipado do pregão local. O humor do investidor já não vinha bem desde a terça-feira, devido à alta do petróleo. A busca do investidor estrangeiro pela segurança levou à venda de ativos de países emergentes, como o Brasil.
Os títulos da dívida externa brasileira sofreram ordens de venda desde o início do dia. O Global 40, principal deles, recua 0,48%, cotado a 129,63% do seu valores. O EMBI+, indicador que mede o risco-país brasileiro, sobe 5 pontos, para 296 pontos centesimais.
A aceleração da inflação medida pelo IPC-Fipe e pelo IGP-M foi um dos destaques internos. A aceleração não agradou, principalmente no dia da reunião do Copom. Com isso, os juros futuros fecharam a manhã em alta, com aumento de apostas no conservadorismo do Banco Central na redução dos juros.
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