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A dois dias de divulgar novas medidas econômicas, o presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, se reuniu com integrantes de seu gabinete na manhã desta sexta-feira, dai 29 de março, para discutir as alternativas para a recuperação do país. A Argentina está em recessão há 45 meses, e o desemprego atinge 22% da população economicamente ativa.
No mercado financeiro, especula-se que o governo possa optar pelo retorno da paridade cambial, modelo adotado durante quase 11 anos, desde 1991. O vice-ministro da Economia, Jorge Todesca, no entanto, rechaçou tal possibilidade.
Na reunião com o chanceler Carlos Ruckauf, o ministro do Trabalho, Alfredo Atanasof, e o ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, Duhalde indicou que o imposto sobre as exportações poderá chegar a 20%. Segundo Todesca, a medida implica o aprofundamento da atual estratégia econômica, porém "ainda não foi definido todo o esquema".
O objetivo do plano é atender exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter recursos da instituição. Além do aumento da alíquota do imposto sobre exportações, o plano deve incluir o controle da emissão de pesos e a retirada do mercado de títulos públicos emitidos pelo governo federal e pelas províncias. O Fundo também insiste que a Lei de Falência e a de Subversão Econômica sejam alteradas ou revogadas. Juízes têm utilizado o conteúdo genérico da Lei de Subversão Econômica, por exemplo, para interrogar empresários e banqueiros suspeitos de irregularidades financeiros. Isso causa insegurança jurídica, na visão do FMI.
A chegada de uma nova missão do FMI está prevista para o início da próxima semana. Os técnicos irão analisar como está sendo conduzido o plano econômico argentino e se as reformas exigidas serão atendidas para, então, iniciar a negociação para liberar nova ajuda financeira. Para analistas, Lenicov conseguiu fortalecer temporariamente sua posição no governo. As medidas ainda precisam do consenso político, que o governo tentará conseguir no fim de semana.
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