O relatório da investigação sobre a morte em Londres do brasileiro Jean Charles de Menezes não culpa concretamente nenhum dos 10 funcionários das forças da ordem envolvidos naquela operação. É isso que afirma hoje o vespertino Evening Standard.

De acordo com o jornal, os 10 funcionários poderiam, no entanto, ter de responder por um delito criminoso se a promotoria decidir. O parecer pode aumentar as pressões sobre o comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, para que assuma a responsabilidade pela morte.

Acredita-se que o relatório revela uma série de erros e falsas suposições que levaram a polícia a crer que Jean Charles, um eletricista de 27 anos, era um terrorista suicida.

O brasileiro foi morto a tiros pela polícia quando estava em um vagão do metrô de Londres um dia depois dos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra essa rede de transportes. Ele foi atingido por oito tiros à queima-roupa de um policial vestido à paisana.