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A safra de grãos em Santa Catarina deve ter uma redução de aproximadamente 10% em relação à colheita passada. A situação é inversa à anunciada pelo IBGE esta semana, que prevê uma safra recorde, batendo em 99,1 milhões de toneladas, contra 98,5 milhões do ano passado. A redução em SC é em relação às 5,5 milhões de toneladas da safra passada. O grande vilão deste decréscimo é o milho. No ano passado a safra de milho atingiu o recorde histórico do Estado com 3,95 milhões de toneladas. Este ano, a colheita deve cair 18,5% segundo o engenheiro agrônomo do Instituto de Economia Agrícola de Santa Catarina (ICepa), Simão Brugnago Neto, chegando a apenas 3,22 milhões de toneladas.
O primeiro fator da redução foi a diminuição de área plantada de 897 mil hectares para 830 mil hectares (7,5%). O segundo e mais forte foi a estiagem, que provocou uma quebra de 550 mil toneladas na previsão inicial de colheita (14,7%). Somente no milho a quebra na produção será de 730 mil toneladas. No feijão, a previsão de colheita é de 117 mil toneladas, com quebra de 29 mil toneladas. Um dos exemplos da diminuição da safra de milho é o agricultor Celso Anzolin. Até ontem ele tinha colhido seis hectares de milho com uma produção de 220 sacas, 60% a menos que as 550 sacas do ano passado. Restando dois hectares para colher, sua produção não chegaria a 400 sacas, contra as 725 sacas do ano passado. Anzolin disse que neste ano a produção vai servir apenas para pagar as despesas.
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