| 08/04/2002 22h50min
Decepcionado com outro semestre sem títulos, o torcedor do Inter reúne esperanças quanto ao potencial do time. As vitórias diante do Criciúma e do Atlético-MG demonstraram que a equipe é capaz de levantar alguma taça ainda neste ano. Jogadores recém-integrados à equipe titular deram conta do recado, mas tropeços anteriores, aliados à falta de entrosamento, não impediram a eliminação precoce na Copa do Brasil e na Sul-Minas. A partir do Gauchão, que se inicia em maio, esses atletas têm a oportunidade de provar que seu futebol é suficiente para colocar faixas no peito.
As contratações do beque Amelli e do volante Leandro Ávila incrementaram a qualidade do grupo e, combinadas ao esquema com três zagueiros, estabilizaram o setor defensivo. Porém a estréia mais promissora dos últimos tempos esteve no ataque. Mahicon Librelato (na foto, à direita) atuou desde o início em três partidas e marcou três gols. Já é considerado pelo técnico Ivo Wortmann o companheiro ideal de Fernando Baiano, que tantas vezes disse estar isolado na frente.
A direção apostou alto em Librelato, ao adquirir metade do seu passe ao Criciúma no início de 2002. O jogador, considerado craque em Santa Catarina, demorou a atuar por conta de uma fratura na clavícula. Tão logo teve condições, participou de jogos decisivos e confirmou todas as expectativas dos dirigentes. É veloz, sabe tocar a bola e se movimenta bastante. Na base do drible, se alterna em lances tanto pelo meio como pelos flancos, indicando ser mais completo que um ponteiro de ofício.
Na verdade, o jovem catarinense de Orleans está se adaptando a uma função diferente da que desempenhava no Criciúma, onde era centroavante. A nova forma de jogar, porém, não tem sido empecilho, pelo contrário. Mahicon, agora, quer assumir de vez seu posto entre ídolos colorados nascidos no outro lado do Mapituba, como Falcão e Valdomiro.
Librelato se transferiu para o Beira-Rio a fim de ganhar mais visibilidade num clube maior. Domingo, teve grande atuação diante da equipe que o lançou e até gol marcou. A tarde seria perfeita se não tivesse discutido com seu antigo treinador. Segundo o atacante, Cuca o repreendeu por conta do alto desempenho em campo. O técnico do Criciúma teria afirmado que Mahicon não era tão dedicado nos seus tempos de Tigre. De cabeça quente, o atleta respondeu no mesmo tom e disse que Cuca merecia mesmo treinar apenas times pequenos. Depois, fizeram as pazes.
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