| 10/04/2002 11h04min
A Polícia Federal (PF) deve começar a ouvir nesta semana catarinenses e gaúchos que travaram contato com o colombiano Joaquim Jimenez, apontado pela CPI do Narcotráfico como representante do Cartel de Cali no Brasil. Organização apontada pela polícia como responsável por 80% da cocaína traficada no planeta, o cartel colombiano estaria tentando legalizar R$ 106 milhões por meio da compra de imóveis e transações comerciais realizadas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Para verificar se as operações de Jimenez eram lavagem de dinheiro ou estelionato é que a PF quer tomar depoimento dos proprietários dos imóveis procurados pelo colombiano. O delegado Cláudio Barros Joventino, que atua em Fortaleza e preside o inquérito sobre Jimenez, pretende enviar esta semana pedidos aos policiais catarinenses e gaúchos para que ouçam três pessoas.
Em Itajaí, será ouvido o empresário Artenir Werner, sócio de um terreno situado junto ao Rio Itajaí-Açu, que Jimenez pretendia transformar em terminal de contêineres. A intenção dos policiais é checar as verdadeiras intenções do colombiano, que declarou aos deputados da CPI que o Cartel de Cali costumava enviar dólares e drogas ao Brasil dentro de peixes. Em Balneário Camboriú, os policiais devem tomar o depoimento do empreiteiro Nivaldo Pinheiro, dono da empresa proprietária do Edifício Arthur Fisher (onde Jimenez acertou a compra de cinco andares de apartamentos de luxo, a um preço de R$ 3,2 milhões) e do Camboriú Business Center, onde o colombiano acertou a aquisição de um andar de salas comerciais.
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