Uma cena macabra está intrigando pesquisadores e veranistas do litoral gaúcho. Centenas de ovelhas mortas foram localizadas à beira-mar, desde a Lagoa do Peixe, entre Tavares e Mostardas, até o Chuí, na fronteira com o Uruguai. O número de animais cresce a cada dia.

Na sexta-feira, técnicos do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) haviam contado 165 animais. Hoje, o veterinário Daniel Stainki, de Uruguaiana, e um grupo de amigos que fazia o trajeto entre o balneário rio-grandino e o Uruguai, por diversão, contaram mais de 200 ovinos mortos.

Segundo o oceanólogo Rodrigo Menezes, do Nema, os pesquisadores acreditam que os animais tenham caído ou sido jogados de algum navio-curral, em alto-mar. A exportação de ovinos do Uruguai para o Oriente Médio é rotineira e estas embarcações costumam usar o litoral sul do Brasil como rota.

O secretário do Meio Ambiente de Rio Grande, Norton Gianuca, também acredita na hipótese e tem um plano para enterrar os cadáveres, principalmente se começarem a aparecer próximo à área de banho, no Cassino.

ZERO HORA