O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou hoje que a candidatura própria de seu partido corre o risco de se transformar em um fiasco. Segundo ele, é preciso que o PMDB avalie as possibilidades eleitorais dos pré-candidatos da legenda, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) e o governador Germano Rigotto (RS), para evitar erros do passado, quando o partido lançou candidatos que não eram viáveis.

Renan externou sua posição no plenário do Senado, ao responder ao senador Pedro Simon (PMDB-RS). O gaúcho, num discurso incisivo, pediu a definição dele e do ex-presidente José Sarney (AP) sobre a candidatura própria peemedebista.

– Sempre defendi a candidatura própria. Mas defendo um candidato digno desse nome para que não se repita o fiasco que a gente teve no passado com o partido dividido, exposto. Em que o candidato chegava na cidade e ninguém recebia – disse Calheiros.

O presidente do Senado também condenou de forma veemente a realização das prévias do partido no dia 19 de março, argumentando que elas estavam sendo marcadas por questões pessoais dos dois pré-candidatos do partido. Chegou a afirmar que Garotinho tinha pressa para resolver o problema de desincompatibilização da governadora Rosinha Garotinho. Sobre Rigotto, Calheiros afirmou ter dúvidas se o que o pré-candidato fez no Rio Grande do Sul o credencia a concorrer à Presidência ou se é uma maneira de não disputar a reeleição no Estado.