O Partido Islâmico Iraquiano, a maior força sunita do Iraque, denunciou hoje a morte sete sunitas e o ataque contra mais de 70 mesquitas deste grupo religioso, como represália ao atentado contra um dos santuários xiitas mais venerados, em Samarra. O comunicado do partido acrescenta que quase todos os ataques foram realizados na região de al-Rasafa, no sudeste de Bagdá.

Segundo a nota divulgada hoje, pelo menos 72 mesquitas foram atacadas com armas de fogo e algumas foram incendiadas. Os mortos nos distúrbios que seguiram o atentado contra o santuário do imame Ali Al-Hadi, em Samarra, são em sua maioria imames, embora entre as vítimas fatais também haja uma jovem, informam os sunitas. Fontes do Ministério do Interior iraquiano confirmaram horas antes a morte de seis iraquianos, três imames e três fiéis árabes sunitas e agressões contra 27 mesquitas sunitas.

O comunicado acrescenta que a sede do partido Islâmico em Basra foi cercada e queimada por um grupo de sunitas, e que o escritório do partido em al-Rasafa sofreu um ataque com armas automáticas.

Como conseqüência do aumento da violência entre grupos religiosos diferentes no Iraque, os ministros da Defesa e do Interior anunciaram em um comunicado conjunto que a Polícia e o Exército passarão para estado de alerta máximo a partir das 6h desta quinta-feira.

A violência teve início após a grande explosão que destruiu a cúpula de ouro do santuário do imame Ali Al-Hadi, um dos 12 imames santos mais importantes da comunidade xiita, majoritária no Iraque.

AGÊNCIA EFE