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Um acordo fechado nesta quinta-feira, dia 18, entre as cúpulas do PDT e do PTB garantiu apoio às candidaturas de José Fortunati ao governo do Estado e de Ciro Gomes à Presidência da República. O PPS do Rio Grande do Sul, que vinha mantendo uma queda-de-braço com o PDT pela indicação do candidato a governador pela Frente Trabalhista, acabou isolado nas negociações.
Depois de estar praticamente sepultada a Frente Trabalhista nacional no começo da madrugada de quinta-feira, devido ao impasse no Rio Grande do Sul, pela manhã as direções nacionais do PDT, sob o comando de Leonel Brizola, e do PTB, coordenada pelo deputado federal José Carlos Martinez (PR), fecharam um acordo provocando uma reviravolta nas negociações. Um documento aprovado pelo PTB determina que a seccional gaúcha siga a orientação da executiva nacional de apoiar o candidato do PDT José Fortunati ao Palácio Piratini.
O PTB gaúcho vinha sendo parceiro do PPS no projeto de lançar o ex-governador Antônio Britto ao governo do Estado pela coligação. Os líderes dos dois partidos haviam vetado o nome de Fortunati por considerá-lo sem densidade eleitoral para derrotar o candidato do PT ao Palácio Piratini, Tarso Genro. Com a intervenção da executiva nacional, restou aos petebistas no Estado, liderados pelo presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi, acatarem a decisão.
Com o PTB sob intervenção branca, o PPS terá de reavaliar sua estratégia política no Estado. A reunião extraordinária do diretório estadual do partido, prevista para sábado, dia 20, foi cancelada. Os líderes da sigla pretendiam no encontro lançar Britto ao governo. Sem a parceria do PTB, o PPS poderá desistir de pressionar o ex-governador a concorrer, já que terá pouco mais de 30 segundos em cada um dos dois blocos de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que estabeleceu a verticalização das coligações, também prejudicou o PPS gaúcho, que só poderá buscar apoio de outros partidos que não tiverem candidato a presidente.
O acordo entre PDT e PTB também acabou salvando, pelo menos por enquanto, a aliança em torno de Ciro Gomes (PPS). O candidato à Presidência corria o risco de não ter o PDT na coligação justamente por causa do impasse no Rio Grande do Sul. Brizola só admitia se integrar a Frente Trabalhista caso obtivesse apoio dos dois partidos a José Fortunati.
Na noite desta quinta, os deputados do PPS continuavam com a disposição de não apoiar Fortunati. Ainda mais depois das críticas desferidas por Brizola em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha.
– O Brizola passou dos limites, não tem o direito de pisotear em nossos lÍderes – respondeu o deputado Cezar Busatto.
Executiva nacional do PTB determinou que a seccional gaúcha apóie Fortunati (PDT)
Foto:
Fernando Gomes
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