| 06/03/2006 17h58min
O embaixador do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh, disse hoje à imprensa, em Viena, que seu país continuará sua cooperação com este órgão. Ele afirmou que esta era a melhor decisão e que, se o assunto fosse enviado ao Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU), a situação sofreria “uma escalada, que seria respondida, o que levaria a uma situação na qual todos perdem".
Diplomatas ocidentais disseram, em Viena, que uma alternativa seria permitir ao Irã realizar algumas atividades de pesquisa e desenvolvimento, em troca de uma moratória em seu programa industrial de enriquecimento de urânio e da ratificação do protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Este protocolo permite aos inspetores da AIEA visitar quase sem aviso prévio qualquer instalação nuclear do Irã. Teerã assinou o protocolo em dezembro de 2003, mas seu Parlamento ainda não ratificou o mesmo. Como resposta ao envio do dossiê iraniano ao Conselho de Segurança em 4 de fevereiro, o Irã suspendeu no mês passado sua cooperação dentro do protocolo adicional do TNP. Um funcionário do Departamento de Estado americano disse à imprensa, sob a condição de não ser identificado, que essa nova proposta é "inaceitável, porque contradiz as resoluções do Conselho que pedem que o Irã suspenda todo tipo de atividade relacionada ao enriquecimento de urânio". Um diplomata europeu, consultado dentro da reunião, compartilhou o pessimismo americano, e disse que esta última proposta só "ajudaria os iranianos em sua usual tática de prorrogar as investigações (da AIEA)". AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.