| 07/03/2006 00h32min
O meia Richardson, do Metropolitano, entrou nesta segunda, dia 6, com um processo contra o zagueiro Everaldo, do Atlético, de Ibirama. O jogador do time do Alto Vale acusou o camisa 10 da equipe de Blumenau de racismo após o jogo de quarta-feira passada, no Sesi.
Em Ibirama, domingo, as equipes voltaram a se encontrar, e o meia foi hostilizado por torcedores e jogadores adversários. Richardson quer reparação por danos morais.
– Ele sabe o que falou para mim. Poderia ter dado queixa à polícia, mas não sou jogador disso – retrucou Everaldo.
O jogador do Atlético garante que não era ele quem estava vestido de preto, no Estádio Hermann Aichinger, domingo. Se limitou a informar que assistiu ao jogo com a família, e não invadiu o campo para brigar nem incitou a torcida do Atlético, duas das acusações feitas pelo meia do Metropolitano.
– Quem falou que eu entrei em campo está enganado – garantiu.
Richardson deu sua versão aos fatos:
– Na quarta-feira, durante o jogo inteiro, ele disse que ia quebrar minha perna. Quando ele foi expulso, cheguei nele e falei para fazer o que tinha dito, para quebrar minha perna. Xinguei ele, não sou santo, mas nunca em tom racista. Não sou racista – afirmou o jogador.
O advogado Ivan Naatz, contratado por Richardson para o caso, enviou notificação ao Atlético. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), ele vai acusar o zagueiro de invasão de campo e incitação da torcida local. Já no Ministério Público, a denúncia será por difamação caluniosa.
– Temos imagens da televisão e fotografias como provas – afirmou Naatz.
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