Representantes regionais de agências internacionais de saúde animal e humana se reuniram hoje em Washington para discutir ações conjuntas contra a possível chegada do vírus da gripe aviária H5N1 ao continente americano.

– Estamos todos preocupados com o impacto potencial do H5N1 caso chegue à nossa região – declarou Carissa Etienne, subdiretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPS), que organizou a reunião.

Participaram da reunião representantes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em dezembro do ano passado, estas entidades decidiram unir esforços contra a gripe aviária e a gripe pandêmica durante a Conferência Hemisférica sobre a Gripe Aviária em Brasília.

– Estamos trabalhando juntos para fortalecer em nossa região a capacidade de vigilância, notificação rápida, diagnóstico e contenção – explicou Albino Belotto, chefe do programa de Saúde Pública Veterinária da OPS.

O H5N1 já chegou a 40 países da Ásia, Europa e África, e mais de 150 milhões de aves morreram ou foram sacrificadas pelo vírus.

– As conseqüências do H5N1 nas Américas poderiam ser enormes. A maioria de nossos países-membros dependem fortemente de sua agricultura e já vimos o impacto econômico em outras partes do mundo – disse Belotto.

– Esta não é unicamente uma preocupação para o setor avícola, mas o frango é uma fonte crucial de proteínas na região das Américas – destacou Luis Navios, representante regional da OIE na América Latina.

– Mais ainda, há uma cadeia de indústrias que poderia ser afetada, dos produtores de milho e soja aos embaladores e comerciantes – disse Navios.

A OPS é o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e trabalha com os países para melhorar a saúde e elevar a qualidade de vida de seus habitantes.

AGÊNCIA EFE