| 08/03/2006 21h21min
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que três pessoas estariam envolvidas no apedrejamento do ônibus de torcedores do Joinville, que resultou na morte do jovem de 17 anos, Júlio Cesar Ganzer da Cruz, na última sexta-feira.
O torcedor do JEC viajava no ônibus quando foi atingido por uma pedrada na cabeça no momento em que retornava ao Norte do Estado, pela BR-101, na altura de Biguaçu. O incidente aconteceu após o jogo entre Avaí e Joinville, no Estádio da Ressacada, na última quarta-feira.
Uma reunião na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, deu continuidade às investigações conjuntas entre Polícia Civil, Militar e Rodoviária Federal. No encontro nesta quarta, dia 8, foram ouvidos 10 PMs, que prestaram informações à Polícia Civil sobre a escolta dada à torcida do Joinville até as proximidades do Shopping Itaguaçu, em São José, no dia do incidente.
O delegado da Polícia Civil, Renato Hendges, que assumiu as investigações, está trabalhando para reunir todas as informações sobre a tragédia da semana passada:
- Nossa preocupação foi nos reunir com os 10 oficiais da PM, e outros que ainda serão convidados, para formar uma equipe para proceder as investigações e colhermos as informações. Eles (PM) quem fizeram o policiamento ostensivo no dia do jogo do Avaí e um dos ônibus foi apedrejado no local. Então, são todas informações que serão levantadas, checadas, mas já existem alguns elementos, algumas coisas importantes que estão sendo verificadas. Tão logo a gente consiga indícios de autoria, sem dúvida alguma, nós vamos pedir as prisões para depois investigar esse pessoal.
Por causa da morte de Júlio da Cruz três medidas de segurança foram tomadas com o objetivo de coibir a violência no Campeonato Catarinense. Nas últimas duas rodadas do quadrangular está proibida a entrada de torcidas organizadas ou torcedores com faixas, bandeiras ou vestidos com camisas dos clubes visitantes. Também não será permitida a venda de bebidas destiladas, assim como a entrada de torcedores visivelmente embriagados ou drogados nos estádios.
As medidas foram tomadas após uma reunião da última segunda-feira, na sede de FCF, em Balneário Camboriú. Participaram representantes de clubes, do Ministério Público, da Polícia Militar e da diretoria da FCF.
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