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 | 09/03/2006 14h03min

Dólar cai 1,01% em dia de trégua no exterior

Moeda americana está cotada a R$ 2,162 e risco-país cai 6 pontos

A trégua no cenário internacional deu fôlego aos negócios no Brasil. O dólar comercial, que vinha em alta nos últimos três dias, fechou a primeira etapa em queda de 1,01%, a R$ 2,162 na compra e R$ 2,164 na venda. A moeda americana seguiu a queda no risco-país, que perdia há pouco 6 pontos, ficando em 232 pontos centesimais, segundo o J.P. Morgan.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou as bolsas americanas e operou em alta durante toda a manhã, com elevação de mais de 1%, mas não conseguiu resistir e acabou seguindo para o campo negativo um pouco antes das 13h. O Ibovespa fechou a manhã com queda de 0,48%, para 37.109 pontos (volume financeiro de R$ 731 milhões).

Além do resultado do Comitê de Política Monetária (Copom), que baixou os juros para 16,5% ao ano, os analistas repercutem os dados da produção industrial brasileira. Na comparação com dezembro, a produção caiu 1,3%, após uma seqüência de três resultados positivos (uma queda mais forte do que o esperado). Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 3,2%, bem menos do que os 5,35% projetados pelo mercado.

– Passada a reunião do Copom, o mercado deve ficar mais tranqüilo, com a perspectiva de queda dos juros mais para a frente. No mercado cambial, os bancos mudaram as suas posições nos últimos dias e a cotação subiu um pouco, mas é razoável imaginar que o dólar volte a cair novamente. Talvez, não abaixo de R$ 2,10, mas inferior à atual cotação – disse Francisco Gimenez Neto, diretor-executivo da Corretora NGO.

O mercado de juros acompanha a queda do dólar nesta quinta-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) todas as taxas apresentaram queda nesta manhã. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 passava de 16,52% para 16,49 o ano (-0,18) e o de julho, que estava em 15,94% na quarta-feira, se posicionava em 15,83(-0,69). Para outubro deste ano a taxa passava de 15,54% para 15,40% (-0,90%) e o de janeiro de 2007, o mais líquido, de 15,30% para 15,18% (-0,78%).

No cenário externo, as atenções estão voltadas para o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos (8 mil pedidos a mais) e o déficit do comércio exterior de bens e serviços americanos, que aumentou mais do que o esperado, atingindo 5,3% em janeiro e chegando ao recorde mensal de US$ 68,5 bilhões. Os investidores continuam ainda monitorando a alta dos títulos do Tesouro americano.

Entre as ações mais negociadas estavam há pouco Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA e Light ON. As principais baixas eram de Light ON (4,17%), TIM Part ON (2,88%) e Tele Leste Celular PN (2,54%). Subiam Itaubanco PN (2%), Sabesp ON (1,67%) e Unibanco ONT (1,33%).

AGÊNCIA O GLOBO
 
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