| 09/03/2006 16h27min
As empresas que levaram manifestantes da Via Campesina para a invasão da Aracruz não tinham contrato formal para prestação do serviço. Os ônibus conduziram os agricultores até a propriedade. Um dos representantes das 12 empresas apuradas argumentou que o aluguel foi feito de última hora e acabou não sendo formalizado através de documentação.
Uma das empresas, chamada Mister Tur, tem sede em São Paulo. Em contato por telefone, o responsável, identificado como Marcos, afirmou que o aluguel do ônibus placas BSF 7597, usado na invasão da Aracruz, teria sido feito em nome do Sindicato dos Aposentados, mas não soube revelar detalhes.
O sócio da empresa MarmenTour com sede em Barão do Cotegipe, Gélson Marmentini, admitiu que o aluguel de um ônibus foi feito sem a existência de um contrato. Ele não quis gravar entrevista, mas se disse surpreso ao descobrir que o veículo tinha sido usado na invasão da Aracruz.
De acordo com a assessoria de imprensa do Daer, o transporte de passageiros exige a lista com nome e RG dos passageiros além de um contrato firmado entre as partes.
Ângela de Souza, a proprietária da empresa Angela Tour, disse que não foi informado em nenhum momento para que seria utilizado o veículo. Segundo ela, o motorista usado no transporte não era funcionário da empresa. A companhia tem dois ônibus na frota. Os manifestantes usaram o veículo com placas BYC 6462.
O proprietário da CladiTour, que alugou um veículo, com placas IAT 8113, estaria viajando. O representante da TranspeTour disse apenas que o registro de aluguel foi feito em nome de uma pessoa física. A empresa alugou o ônibus, placas KTG 2320. Além desses, foi usado um ônibus, placas AEA 675, de Vila Elisa, no Paraguai.
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