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Um improvisado tribunal militar palestino condenou nesta quinta-feira, dia 26, quatro homens pelo assassinato do ministro israelense do Turismo, o ultradireitista Rehavam Zeevi, morto a tiros aos 75 anos em outubro do ano passado. As sentenças variaram de um ano a 18 anos com trabalhos forçados.
Integrantes do braço armado da Frente Popular para a Libertação Palestina (FPLP), os réus foram condenados por um tribunal composto de três membros e no qual agentes de segurança representaram o juiz e os advogados. As sentenças foram ratificadas pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, mas os condenados não manifestaram qualquer tipo de preocupação com relação às penas.
Logo depois da sessão realizada no quartel-general de Arafat, em Ramallah, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, repudiou o julgamento e disse que continuará "exigindo que os assassinos sejam julgados em Israel". Sharon ameaçou manter Arafat confinado em Ramallah até ser atendido. Do lado palestino, a FPLP também protestou e qualificou o condenação de "farsa". A organização entende que o tribunal não fez mais do que "condenar a legitimidade da luta palestina e do direito à resistência contra a ocupação".
Embora ameace manter Arafat confinado em Ramallah por tempo indeterminado, Sharon está considerando a possibilidade de permitir sua ida à Faixa de Gaza para demonstrar se tem intenção ou não de combater o terrorismo. Num esforço diplomático para acabar com o impasse que envolve Arafat, o representante de política externa da União Européia, Javier Solana, pediu para Sharon pôr fim "o quanto antes" à "terrível" situação em que vive o líder palestino, cercado pelo exército israelense desde 29 de março. Num sinal de flexibilização, Israel autorizou ontem a saída do governador palestino de Ramallah, Mustafá Issa, que estava no quartel-general de Arafat.
Em outra frente de tensão no Oriente Médio, nove jovens palestinos saíram ontem da Igreja da Natividade, em Belém, enquanto novas negociações eram esperadas para tentar colocar um fim ao impasse que já dura três semanas. Dois corpos também foram retirados do santuário cercado por tropas israelenses. Este foi o maior número de pessoas liberadas da igreja, onde 230 militantes palestinos e civis, incluindo religiosos, estão confinados desde 2 de abril.
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