| 14/03/2006 17h43min
O Rio Grande do Sul anunciou uma redução no abate de frangos em função da queda das exportações provocada pelo temor da gripe aviária. A medida deve ser mantida pelo menos até a metade do ano para tentar diminuir os estoques e normalizar a produção.
Algumas empresas estão concedendo férias aos trabalhadores, confirmando a tendência de minimizar as atividades enquanto aguardam uma resposta do mercado. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura, Aristides Vogt, ainda não há demissões no setor em função da queda nas exportações e o recuo nas atividades é por tempo limitado.
A avicultura gera no Estado aproximadamente 45 mil empregos diretos e há cerca de 11 mil famílias de produtores. Em janeiro os negócios externos somaram US$ 60 milhões, o que representou uma queda de 17% em relação ao mês de dezembro de 2005. Em volume a redução das exportações foi de 9%.
Devido a esta queda das vendas no mercado externo, o público interno se deparou com preços mais baixos que impulsionaram o consumo de frango dentro do país. O presidente da Asgav acredita que a queda brusca nos preços deve permanecer ainda nos meses de março e abril.
A secretaria Estadual de Agricultura e o Ministério da Agricultura estão realizando um trabalho de monitoramento das aves migratórias e cadastramento dos criadores de aves. A chefe de fiscalização e defesa sanitária do Estado, Adriana Reckziegel, afirma que o risco da chegada do vírus no Estado através de aves migratórias é mínimo.
A avicultura gaúcha ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, sendo responsável por 26% das exportações do país e 16% da produção nacional. Os técnicos lembram que o risco de contaminação de ave para ave é alto, porém, da ave para o humano é pequeno, e que o consumo de carne cozida de aves não representa perigo, pois o vírus não resiste ao cozimento.
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